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Diocese

Vida Consagrada

Ordem dos Agostinianos Descalços, OAB

 

SEMINÁRIO DOS AGOSTINIANOS DESCALÇOS

 

Nos anos de 1980 e 1981 os Agostinianos Descalços estavam buscando o lugar e os caminhos para abrir uma nova comunidade religiosa e construir um seminário para acolher os vocacionados que vinham completando o ensino médio no seminário Santo Agostinho de Ampere, Sudoeste do Paraná.
Em fins de 1981, após uma sondagem feita por frei Luigi Pingelli, membro do Conselho Geral de Roma, juntamente com o superior delegado frei Luís Vincenzo Bernetti, hoje bispo de Apucarana (PR) e outros padres, foi escolhida a vizinha cidade de Toledo, por três válidos motivos: O primeiro por possuir o curso de filosofia na Faculdade de Ciências Humanas “Arnaldo Busato”, que era pública; o segundo motivo por ficar bem próxima de Ampere, há apenas 175 quilômetros e o terceiro motivo era que Toledo era uma Diocese com poucas comunidades religiosas.
Entrou-se em contato com o então bispo Dom Geraldo Majella Agnelo, apresentando-lhe os planos da Ordem e também a disponibilidade em assumir o serviço pastoral em alguma paróquia. Ele deu parecer favorável e pediu que os frades cuidassem da Paróquia Santo Antônio de Pádua, no município de Formosa do Oeste (PR).
O aval dos superiores de Roma veio nas atas do definitório geral extraordinário de 18 de janeiro de 1982: “Ouvido o relatório do frei Luigi Pingelli, definidor geral, que traz da sua visita ao Brasil às orientações expressas pelos frades da delegação, seja sobre a escolha do lugar para a casa de postulado e para o noviciado em Toledo-PR, seja sobre a sua realização, da qual se sente a urgente necessidade, o definitório geral autoriza o superior delegado a levar em frente os procedimentos necessários com as autoridades civis e eclesiásticas e convida-o a enviar o quanto antes o projeto, o orçamento e o plano de financiamento das obras. No entanto, o delegado está autorizado a fazer todas as despesas que a urgência e a oportunidade requerem”.
Em fevereiro de 1982, a comunidade religiosa se instalou em Formosa do Oeste e, logo, iniciou a procura de um terreno para a construção do seminário na cidade de Toledo. A construção da casa de dois pisos foi iniciada em setembro de 1982. A doação do terreno de 5.000 m2 à Ordem foi o resultado de um acordo entre o proprietário, senhor Leopoldo Birk, e a Prefeitura Municipal de Toledo, que cedeu a porcentagem a que tinha direito em caso de loteamento.
Assim, enquanto ia surgindo o novo “Seminário Santa Mônica”, sob os cuidados e a competência de frei Luís Bernetti, superior da comunidade formada também por frei Rosário Palo, vigário paroquial, e frei Luís Kerschbamer, mestre dos seminaristas, desempenhava-se o serviço pastoral em Formosa do Oeste. O primeiro bloco ficou pronto para receber a primeira turma de seminaristas aos 26 de maio de 1983. De fevereiro de 1983, início do ano letivo, até maio, os seminaristas foram hospedados no Seminário Diocesano Maria Mãe da Igreja, de Toledo.
Naquela circunstância histórica é oportuno registrar o agradecimento ao então bispo Dom Geraldo, o conselho de presbíteros da Diocese e ao então reitor do Seminário, padre Irineu Roque Scherer, atualmente bispo de Joinvile (SC), pela compreensão junto à congregação e pela fraterna acolhida.
Os trabalhos da construção não pararam até ficarem prontas também a segunda e a terceira alas do prédio. Em janeiro de 1984, quando os frades estavam todos reunidos para o encontro anual, o bispo diocesano, Dom Lúcio Ignácio Baumgaertner, deu a bênção solene ao novo Seminário, que podia abrigar cerca de 40 alunos.
Com a ampliação da casa, fez-se necessário aumentar também a área para o lazer e para os seminaristas dedicarem um pouco de seu tempo ao trabalho manual, parte integrante da formação e da vida religiosa agostiniana. Assim sendo, foi adquirida uma área bem plana, de propriedade do senhor Leopoldo Birk, de cerca de 20.000 m2, encostado ao seminário.
Em fim de 1982, Dom Geraldo, a pedido do frei Luís Bernetti, fez uma troca confiando aos Agostinianos os cuidados pastorais da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, em Ouro Verde do Oeste (PR), pela maior proximidade a Toledo. Assim, aos 27 de fevereiro de 1983, frei Luís Vincenzo Bernetti foi empossado como pároco, sucedendo ao padre Aloisius, da Congregação do Verbo Divino.
Aos quatro de agosto de 1985, na paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Ouro Verde do Oeste, o prior geral frei Félix Rimassa presidiu o rito de entrega do hábito religioso ao primeiro grupo de 12 noviços brasileiros. O clima foi de muita festa, otimismo e emoção.
Este otimismo tinha bom fundamento, pois, através de uma pastoral vocacional simples, mas intensa e eficaz, realizando visitas às escolas e às comunidades, encontros e estágios, as duas casas de Toledo e Ampere precisaram ser ampliadas.
A partir de então, o seminário passou a ser também sede do noviciado e casa de formação de um grupo de filósofos professos, sendo que outros cursariam filosofia na então Escola Teológica do mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro.
Em Toledo, foi construída, em 1986, a quarta e última ala do seminário que fechou o quadrado, realizando assim um convento no estilo clássico, com claustro e poço internos, podendo receber cerca de 60 candidatos, entre postulantes, noviços e professos.
O relatório enviado ao definitório anual de 10 de outubro de 1988, os dados apresentados pelo superior delegado frei Antônio Desideri mostram o crescimento do número dos vocacionados, fruto de uma atividade de animação vocacional, simples e persistente.
Lê-se nas atas: “O relatório da delegação relata o momento favorável que estão vivendo aqueles nossos confrades. Não faltam trabalho nem as dificuldades devidas ao reduzido número dos religiosos e à distância entre as várias casas. Com a boa vontade de todos, cada obstáculo é superado. O trabalho vocacional é sempre florescente e os números são confortantes: Nove (09) professos no Rio de Janeiro, onde está se reformando a casa para a chegada de outros professos nos próximos anos; no seminário de Toledo há treze (13) noviços, doze (12) professos e vinte e três (23) postulantes do Ensino Médio. Em Ampere há quarenta e sete (47) seminaristas do Ensino Fundamental e Médio”.
No ano de 1999 realizou-se um grande sonho: a construção do Salão Santa Rita.
Desde que o seminário Santa Mônica existiu, aos domingos foi sempre celebrada uma missa às 20 horas, na capelinha interna, que se tornou cada vez mais insuficiente pelo crescente número de participantes. A obra supriu também à necessidade de se ter um local adequado para realizar as promoções em prol do seminário organizadas no decorrer do ano. O salão, desde o início, foi colocado à disposição também para a realização de encontros e retiros promovidos pelas pastorais e movimentos.
Os religiosos, dentro do possível, prestaram sua colaboração aos párocos que solicitaram sua ajuda para celebrações, confissões, palestras e outras atividades. Frei Luís Bernetti, hoje bispo de Apucarana, fez parte da “comissão pro construção” do Instituto João Paulo II. Os padres do seminário integraram a equipe diocesana de pastoral vocacional; estiveram sempre disponíveis para visitar os doentes especialmente nos hospitais da cidade. Foram procurados para o atendimento e aconselhamento espiritual pessoal no próprio seminário. Auxiliaram a Renovação Carismática Católica; o Movimento das Equipes de Nossa Senhora; a Associação de Santa Rita, que tem ali sua sede; o Movimento de Cursilhos de Cristandade. A convite da diretora Adiles Donadel celebraram a Eucaristia na Casa de Maria, de início para os funcionários e, mais tarde, para todos os que quisessem participar. Continuam rezando a Santa Missa na Fazenda da Esperança.
Souberam se integrar com os demais religiosos e religiosas presentes na diocese, oferecendo sua disponibilidade em prol das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, das Irmãs Franciscanas da Beata Angelina, dos Irmãos Lassalistas. Cultivou-se sempre um ótimo e fraterno relacionamento com os Frades Menores Missionários e os Missionários do Verbo Divino.
Nestes 26 anos de sua presença na Diocese de Toledo os Agostinianos buscaram “Servir o Altíssimo em espírito de humildade” e “a Igreja em comunidade”. Dentro deste espírito, sem dúvida merece destaque o frei Ângelo Possidio Carú, que terminou sua caminhada terrena vítima de um acidente de carro a caminho para Ouro Verde do Oeste.
Deixou saudades em quem o conheceu e apreciou sua humildade, simplicidade, desapego, espírito de oração e recolhimento, grande animador e incentivador vocacional.

Ordem dos Agostinianos Descalços (OAD)
Prior:
Frei Moacir Chiodi
Mestre dos Noviços: Frei Darci Nelson Przyvara

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Fone: (45) 3252-1269
E-mail: s.santamonica@oadbrasil.net