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Fé e Vida

“Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio”

Nossa caminhada quaresmal continua. Acompanhamos Jesus no deserto e descobrimos que também ele enfrentou as tentações que nos ameaçam e as forças do mal que nos afastam de Deus.  Com Jesus no monte da transfiguração, ouvimos a voz do Pai que o confirmava como o Filho amado e nos mandava escutá-lo e segui-lo no caminho da oferta de si mesmo para nos garantir vida plena.

Hoje o evangelho coloca Jesus no templo de Jerusalém. Nas vésperas da Páscoa, Jerusalém está cheia de peregrinos. Há muito comércio, mercado barulhento, venda de animais para os sacrifícios e os cambistas trocando moedas nas bancas. A reação de Jesus é surpreendente! Expulsa todos os vendedores e cambistas com um chicote, joga pelo chão o dinheiro e derruba as bancas e “Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio”. Qual seria o significado deste relato que aparece em todos os evangelhos?

Jesus conhecia profundamente o Pai misericordioso e não podia aceitar tranquilamente que sua imagem e sua casa fosse tão deturpada. Sacerdotes, vendedores e cambistas estavam atrás de dinheiro e de lucro. A ganância e o poder parecem sobrepor à oração e comunicação com Deus. Se a espiritualidade está poluída, onde o povo de Deus vai se alimentar? Por isso Jesus se revolta.

No diálogo entre Jesus e os judeus que lhe pedem explicações pelo gesto, Jesus responde identificando o templo com o seu corpo: “Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei”. É normal que os judeus não tenham compreendido nada, mas para os cristãos que ouviam estas palavras depois da Ressurreição, a mensagem é clara e profunda. Tudo aquilo que se fazia através do templo: os ritos de sacrifício, ou seja, a busca da comunhão com Deus e do perdão dos pecados, agora acontece através do corpo de Cristo, que foi consumido na morte e na ressurreição foi glorificado. De agora em diante a salvação se encontra em Jesus. O verdadeiro santuário é o corpo de Jesus que foi destruído, mas Deus, no seu imenso amor, transformou este fato injusto em ocasião de vitória sobre o mal e a morte.

Expulsemos os “vendilhões, as vacas e bois” que há em cada um de nós.  Somos templos vivos, e é isso que celebramos. Jesus é o Messias crucificado. Ele tornou-se um novo templo onde todos podem encontrar graça e misericórdia. Ele nos conduz ao Pai. Sejamos referenciais de santidade a cada dia, sendo zelosos no que fazemos, no que falamos ou pensamos, buscando a santidade em amor, sendo exemplos em tudo, para glória de Deus.

A Campanha da Fraternidade 2018 nos convida a unir forças para a superação da violência, a pedir a luz de Deus e sermos agentes da paz em nossos ambientes. O tempo da Quaresma ajuda a temos os olhos fixos na Páscoa do Senhor, passagem da morte para a vida. O cristão nunca pode perder a esperança. Aproxime-nos mais de Jesus para aprendermos dele como ele experimentou e sofreu a violência e como ele venceu o mal e a morte. Todos somos chamados a sermos promotores da paz na família, na vida profissional, nas comunidades e na sociedade em geral.

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