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Fé e Vida

“Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados”

Neste domingo iniciamos uma longa caminhada com Jesus através da leitura do capítulo sexto do Evangelho de São João, que narra o “sinal” da multiplicação e partilha dos pães e o discurso sobre o Pão da vida.

São João não utiliza o termo milagre, e sim “sinal”. O que ele chama de sinais são os gestos de Jesus. São chamados de sinais porque remetem a algo mais profundo. Somos convidados a descobrir o que tem por além de cada gesto de Jesus e de cada personagem. É um grande convite para irmos além daquilo que é cotidiano a fim de descobrir seu sentido para nossa vida. Passar do pão como alimento passageiro para Jesus como o Pão da vida eterna.

Após a cura do cego de nascença, ele irá explicar o que é a verdadeira cegueira: a de quem se recusa a ver a realidade à luz de Deus. O sinal de hoje, a multiplicação dos pães, é o ponto de partida para desenvolver o tema da Eucaristia. Também será um momento de decisão para os seguidores de Jesus: adesão a Ele e seu projeto ou recusa e abandono.

Geograficamente estamos no lago de Tiberíades. Duas atitudes de Jesus nos chamam a atenção: retirar-se num lugar deserto e voltar para atender as pessoas que o procuram. Retirou-se porque era procurado somente pelos milagres que realizava e não pela fé; voltou por causa da necessidade física e espiritual das pessoas.

Jesus coloca uma dificuldade para os seus discípulos: como alimentar tanta gente? Filipe e André veem a situação de forma humana e material: é impossível, não há dinheiro suficiente para comprar alimento para todos. André apresenta um menino que tem cinco pães e dois peixes. Após as pessoas se sentarem, Jesus toma os pães e os peixes, dá graças e os distribui.

Diante do impossível o milagre acontece: todos se alimentam e ainda sobram doze cestos, para alimentar uma outra multidão. Esta refeição compartilhada era, para os primeiros cristãos, um símbolo eficaz da Eucaristia realizada por Jesus e celebrada pelos cristãos no dia do Senhor: todos podem se alimentar do espírito e da força de Jesus, o Pão vivo vindo de Deus. “Eu estarei convosco todos os dias até o final dos tempos”.

Mas, os seguidores de Jesus nunca esqueceram o gesto despojado daquele menino. Se há fome no mundo, não é por escassez de alimentos, mas por falta de solidariedade.

O verdadeiro pão partilhado não é aquele que eles acabaram de comer: é o próprio Jesus, o pão que desceu, ele é o verdadeiro dom de Deus. Esta prova de amor é oferecida a todos que querem fazer esta maravilhosa experiência de encontro, perdão, reconciliação. O alimento que pode transformar nossa sociedade em lugar de vida abundante é o pão da vida que nos conduz a Deus e nos obriga a encontrar nossos irmãos que, lá fora, esperam de nós os cestos cheios que sobraram do milagre da vida de Jesus. “Nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo”.

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