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Fé e Vida

Meu Reino não é deste mundo

Neste domingo celebramos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, que marca o encerramento do Ano Litúrgico. O Tempo Litúrgico é cadenciado pela vivência do tempo da salvação em Cristo vivido na Liturgia. Tem início no 1º Domingo do Advento, momento de preparação para o nascimento de Jesus, e termina com o domingo de Cristo, Rei do Universo.

O Reino de Deus foi o centro da vida de Jesus. Deus quer implantar o seu Reino entre nós. Os modelos humanos não ajudam a compreender a condição de rei aplicada a Jesus. Seu reino não depende dos esquemas deste mundo, e sim, do querer do Pai. Jesus não é um rei que se beneficia do seu “status”, mas o seu reinado se concretiza em doar a vida pela humanidade e conduzir todos à salvação. O seu trono é a cruz.

O texto evangélico deste domingo faz parte do processo de Jesus. Ele está na sua paixão, diante de Pilatos, sendo acusado de malfeitor pelos chefes do seu povo. É um processo injusto sob o ponto de vista jurídico e humano. Pilatos zomba de Jesus e questiona o seu reinado com arrogância querendo humilhá-lo. Nosso Rei afirma, com toda autoridade, que o seu reino não é deste mundo, porque não se enquadra nos padrões mesquinhos de luta pelo poder, conchavos e corrupção; que se beneficia do sofrimento dos pobres, que escraviza. O Reino de Deus não contém um projeto político, ele é sinalizado pela doação de sua vida para salvação de todos. Portanto o critério do Reino que Jesus prega é o amor cuja fonte se encontra no Pai.

Embora não sendo deste mundo, o Reino de Deus está presente no mundo através de Jesus.Ele veio revelar o projeto do Pai e convidar a humanidade a aceitar este reinado à medida que aceita Jesus como Filho e Salvador e procura seguir os seus passos. A consequência desta adesão é a fé que provoca conversão e mudança de atitudes. Deus não se impõe pela força, mas convida e encanta pelo amor e misericórdia.

Neste domingo, na festa do nosso Rei, devemos a agradecer pelo amor de Jesus que nos libertou do egoísmo e da morte. Somos convidados a imitar, substituindo os esquemas de egoísmo, de poder e de prepotência, pelo amor verdadeiro a serviço dos irmãos. Esta celebração nos leva também a pensar como estamos vivendo a experiência do Reino em nossas comunidades. Não podemos reproduzir a busca pelo poder, honras e privilégios. Nossa meta deve ser o serviço aos mais fracos e a prática da misericórdia com os pecadores.

Esta festa é nossa e a vivência do Reinado de Deus também. Cristo Rei é o nosso padroeiro e nos convoca a assumir a missão de continuadores da obra de Jesus que “oferecendo-se na cruz, vítima pura e pacífica, realizou a redenção da humanidade. Submetendo ao poder de toda criatura, entregará à vossa infinita majestade um reino eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino de justiça, do amor e da paz”.

Ao participarmos da ceia eucarística, dom de Deus para todos nós, fazemos a Deus este pedido: “que, gloriando-nos de obedecer na terra aos mandamentos de Cristo, Rei do Universo, possamos viver com ele eternamente no reino dos céus”. Amém!

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