Diocese
Plano Diocesano da Ação Evangelizadora (2020 - 2023)
I - PLANO DIOCESANO DA AÇÃO EVANGELIZADORA 2020-2023
A plenária da Assembleia Diocesana realizada no dia 3 de novembro de 2019 com a presença de 175 membros participantes, seguindo a reflexão das Diretrizes Nacionais e das prioridades regionais da CNBB, aprovou o objetivo geral, o lema e as pistas de ação para cada um dos pilares para o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora 2020-2023.
OBJETIVO GERAL
Evangelizar no Brasil cada vez mais urbano,
pelo anúncio da Palavra de Deus,
formando discípulos de Jesus Cristo,
em comunidades eclesiais missionárias,
à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres,
cuidando da Casa Comum e
testemunhando o Reino de Deus
rumo à plenitude.
LEMA
“Eles eram perseverantes no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).
PRIORIDADE DIOCESANA
Formar discípulos e discípulas de Jesus Cristo em comunidades eclesiais missionárias.
PISTAS DE AÇÃO PARA CADA UM DOS PILARES
PISTAS DE AÇÃO PARA O PILAR DA PALAVRA
- Incentivar as comunidades eclesiais missionárias, através de uma ação pastoral personalizada, possibilitando experiências concretas de fé, de compaixão e relacionamentos fraternos;
- Promover a Leitura Orante da Palavra nos Grupos de Reflexão, nas Pastorais e Movimentos;
- Formar líderes eclesiais, para coordenar e animar os diferentes grupos;
- Criar espaços para aprofundamento bíblico, através de encontros e Escolas de Formação Bíblica;
- Desenvolver subsídios e materiais para a condução do momento orante da Palavra, e orientações para a celebração da Palavra;
- Utilizar o potencial dos Meios de Comunicação Social para a propagação da Palavra de Deus e dos testemunhos da vivência da fé.
PISTAS DE AÇÃO PARA O PILAR DO PÃO
- Oferecer formação litúrgica no âmbito paroquial e das comunidades, com ênfase na explicitação da Santa Missa em seus ritos e símbolos, incentivando a sua mistagogia, levando em conta o desenvolvimento do Ano Litúrgico;
- Conscientizar sobre a centralidade da Eucaristia como fonte para a vivência cristã;
- Favorecer uma adequada valorização da piedade popular;
- Investir e apoiar a Pastoral Litúrgica;
- Resgatar a importância do Domingo como celebração semanal da Páscoa, Dia do Senhor, sua espiritualidade e vivência;
- Preparar equipes de acolhida e proclamadores da Palavra de Deus, valorizar o canto litúrgico e os espaços celebrativos;
- Oferecer orientação diocesana para a celebração da Palavra e preparação das reflexões, bem como zelar pela qualidade das homilias.
PISTAS DE AÇÃO PARA O PILAR DA CARIDADE
- Reconhecer e incentivar o protagonismo do laicato na Igreja e na sociedade, para que possam integrar os diferentes conselhos eclesiais e os conselhos municipais de direito;
- Apoiar e organizar ações junto aos imigrantes;
- Oportunizar um maior conhecimento da Doutrina Social da Igreja para todos;
- Promover inciativas que favoreçam o cuidado da Casa Comum;
- Fortalecer as Pastorais Sociais existentes e incentivar a sua criação onde ainda não existem;
- Retomar e valorizar as conclusões dos sínodos da família e da juventude, nos seus aspectos da caridade;
- Criar espaços de escuta e aconselhamento pastoral, e também formar uma equipe com profissionais preparados para esta missão;
- Demonstrar compaixão e cuidar das pessoas que se encontram em vulnerabilidade social ou que carecem do sentido da vida, acolhendo famílias e jovens em situação de sofrimento.
PISTAS DE AÇÃO PARA O PILAR DA AÇÃO MISSIONÁRIA
- Despertar as comunidades, nos seus diferentes âmbitos, para que se autocompreendam como missionárias e em estado permanente de missão;
- Fortalecer o COMIDI - Conselho Missionário Diocesano - bem como a dimensão missionária dos Conselhos de Pastorais das Paróquias, a Infância, Adolescência e Juventude Missionárias;
- Desenvolver projetos de visitas missionárias, sazonais ou permanentes para que favoreçam o acolhimento, a cultura do encontro e o anúncio do Querigma;
- Valorizar novos espaços missionários tais como hospitais, prédios, escolas, universidades, mundo da cultura, do comércio e da indústria, e lugares de detenção;
- Fortalecer o Projeto Igrejas-irmãs entre a Diocese de Toledo e a Diocese de Brejo, no Maranhão;
- Conscientizar e contribuir com a Missão Católica São Paulo VI, de Guiné
Bissau, em Quebo, assumida em conjunto pelo Regional Sul II da CNBB (Paraná);
- Incentivar e apoiar iniciativas paroquiais de missão ad gentes;
- Aprofundar os estudos sobre as dimensões do Dízimo e sobre sua destinação.
Enfim, uma Ação Evangelizadora projetada para ser um “caminhar juntos”. O Papa Francisco pede que a Igreja seja sempre sinodal, onde as pessoas estão no centro, pois a sinodalidade expressa uma ideia da comunidade eclesial. A Igreja sinodal é a experiência pastoral marcada pelo respeito à pessoa e pelo discernimento em vista de sintonizar com a ação do Espírito Santo. Mais do que uma noção técnica e precisa, aponta para uma nova mentalidade na vida da Igreja que atinge todos os seus membros.
Neste sentido, entende-se que é necessário “assumir o caminho de Iniciação à Vida Cristã, de inspiração catecumenal, com a necessária reformulação da estrutura paroquial, catequética e litúrgica, com especial atenção à catequese para a recepção e vivência dos Sacramentos com crianças, jovens e adultos” (DGAE 2019-2023, 150).
NOSSA AÇÃO EVANGELIZADORA EM 2025
Neste ano, deveríamos contar já desde janeiro, com um novo plano da Ação Evangelizadora Diocesana (2025-2029). Porém, os acontecimentos recentes de nossa história, incluindo uma Pandemia, que mudou os rumos de diversos seguimentos e reconfigurou nosso tecido social e evangelizador, mudaram nosso calendário e planejamento, que foram redefinidos.
As novas diretrizes da Ação Evangelizadora, que deveriam valer a partir de 2024, promulgadas pela CNBB, não foram lançadas no tempo previsto. A Igreja no Brasil, para além do evento pandêmico, acolheu, recentemente, as conclusões do Sínodo dos Bispos (2021-2024), que teve sua segunda e definitiva sessão ordinária no ano passado, e se prepara para oferecer orientações evangelizadoras atualizadas e próximas da realidade do povo brasileiro. Espera-se que as novas diretrizes para a Ação Evangelizadora serão conhecidas ao final da 62ª Assembleia dos Bispos do Brasil, a realizar-se de 30 de abril a 09 de maio.
Sendo assim, nossa organização diocesana tem à frente um ano praticamente inteiro, muito bem vindo, para aprofundar os pilares que sustentam a nossa “casa”, almejada no contexto evangelizador: as comunidades eclesiais missionárias.
A Assembleia Diocesana de Revisão da Ação Evangelizadora 2024 foi um momento profícuo, onde nossa comunidade diocesana, ciente de tudo isso, pode se reunir e promover uma Conversa Espiritual, se debruçando sobre a atividade evangelizadora com vistas ao futuro.
Estiveram reunidos 175 “sujeitos eclesiais” de nossa Diocese, no Centro de Formação Instituto São João Paulo II, em 03 de novembro de 2024. Motivados pelas recentes atualizações de planejamento, os presentes refletiram sobre o modo de evangelizar, os desafios recentes e os maiores e mais urgentes pontos de atenção.
Seguindo determinação prévia, advinda dos Conselhos de Pastoral Ampliados, foram identificados elementos urgentes para o tempo presente. Após refletir sobre estas urgências e, também à luz da discussão sobre a Espiritualidade de Comunhão, nossa comunidade diocesana propõe que a vida comunitária constitui dimensão fundamental da ação evangelizadora da Igreja.
Por isso, faz parte de sua identidade:
- Ser casa e a escola de comunhão, lugar de vida, dinamismo, fidelidade a Deus e à sua Palavra, discípula de Jesus Cristo, aprendendo a caminhar juntos, sem deixar ninguém para trás ou que se sinta excluído;
- Estar atenta às realidades de cada comunidade, suas vulnerabilidades, promovendo a inclusão e o sentido de pertença, valorizando os testemunhos de vida fraterna e as experiências de convivência comunitária;
- Manter o olhar do coração voltado para o mistério da Trindade, através da abertura a ação do Espírito Santo e do cultivo de maior intimidade com o Senhor;
- Zelar pela unidade profunda do Corpo místico, isto é, educar nosso olhar para ver o positivo no outro e seus dons, reconhecendo a presença de Cristo nos irmãos, rejeitando as tentações egoístas que geram rivalidade, agressividade e competição.
Ratificou-se que os seguintes espaços de comunhão precisam ser fortalecidos:
- Famílias, que sejam acolhidas nas comunidades, visitadas e auxiliadas em suas necessidades, que se tenham espaços de partilha dos testemunhos de fé vividos nas famílias, que se incentive os grupos de famílias, as capelinhas de Nossa Senhora e a oração pelas vocações;
- Pastorais e movimentos, que sejam valorizadas suas ações e carismas, e se incentive a pastoral de conjunto e a perseverança de seus membros;
- Catequese com adolescentes e jovens, que as comunidades tenham ações em favor desses grupos, envolvendo-os mais, e que eles se sintam acolhidos e integrados;
- CPPs e CPCs, sejam instâncias de evangelização reconhecidas, que valorizem a escuta e o diálogo, e as decisões sejam respeitadas e concretizadas;
- Formação permanente, que se tenha oportunidade de participação de todos em momentos formativos, dentro e fora da própria comunidade;
- Espiritualidade comunitária, familiar e pessoal, que sejam abundantes os momentos para o cultivo da espiritualidade, as celebrações bem preparadas e a vida sacramental incentivada, de modo que todos se animem na fé e aconteçam verdadeiras conversões;
- Novos membros da comunidade, que sejam convidados e acolhidos, oportunizando espaços de participação e protagonismo laical;
- Novas lideranças e coordenações, que sejam acolhidas e preparadas, que a renovação das lideranças e coordenações em suas funções aconteça de maneira regular e se valorize o sentido de corresponsabilidade;
- Caridade, que todos se sintam comprometidos com a prática da caridade e da solidariedade, que as comunidades tenham pessoas e organismos que possam auxiliar aos mais necessitados e vulneráveis da sociedade.
Os seguintes valores que testemunham a espiritualidade de comunhão precisam ser cultivados:
- Escuta ativa e Sinodalidade, seja através da metodologia da conversa espiritual, seja nas reuniões dos conselhos de pastorais, nos encontros ou nos atendimentos personalizados e nas preparações para os sacramentos. Caminhar juntos e fazer-se próximo deveria ser o propósito de todos com todos;
- Senso de pertença à comunidade, pois os vínculos comunitários precisam ser fortalecidos. Unidade, comunhão e participação são fundamentais para superar o individualismo, as polarizações e o isolamento;
- Acolhida e alegria fraterna, é o que permite reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas na sua individualidade, oportunizando amizades sinceras e experiências de vida fraterna. Em todos os sentidos, mais acolhimento e compaixão, e menos julgamento e condenação.
HINO DA DIOCESE
Jesus Cristo sois Rei e Senhor, vos louvamos Jesus Redentor: (bis)
1) Pelo Pai amoroso enviado, vós fizestes a Sua vontade.
Enviastes o Espírito Santo, ensinando-nos toda a verdade.
2) Vós nascestes da Virgem um dia, nossa mãe, Mãe da Igreja é Maria.
Estais vivo e ressuscitado, sois presença na Eucaristia.
3) Pra servir vós viestes ao mundo, vos tornastes o mestre do Amor.
Pela cruz redimistes a todos, sois de todos o Rei Salvador.
4) Bem unidos a vós e aos irmãos, construímos o Reino de Amor.
Nossa vida está em vossas mãos, ficai sempre conosco, Senhor.

faz ressoar em nossos ouvidos
o teu forte e suave convite: "Vem e segue-me"!
Derrama sobre nós o teu Espírito,
que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho
e generosidade para seguir a tua voz.
Senhor, que a messe não se perca por falta de operários.
Desperta as nossas comunidadespara a missão.
Ensina a nossa vida a ser serviço.
Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino,
na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores.
Sustenta a fidelidade dos nossos bispos, padres e ministros.
Dá perseverança aos nossos seminaristas.
Desperta o coração dos nossos jovens
para o ministério pastoral na tua Igreja.
Senhor da messe e pastor do rebanho,
chama-nos para o serviço do teu povo.
Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho,
ajuda-nos a responder "sim". Amém!

QUEREMOS CONSAGRAR A NOSSA VIDA AO SAGRADO CORAÇÃO DE VOSSO FILHO, PARA VIVER SEMPRE MAIS UNIDO A VÓS E NOS AMARMOS UNS AOS OUTROS.
ILUMINAI-NOS, SENHOR, PARA QUE, IMPULSIONADOS PELO VOSSO SANTO ESPÍRITO, SIGAMOS VOSSOS PASSOS NO SERVIÇO GENEROSO À VOSSA PALAVRA E NA ABERTURA DE CORAÇÃO AO DIÁLOGO SINCERO E FRATERNO.
COM A FORÇA DA VOSSA GRAÇA, EM UNIDADE COM AS PASTORAIS E MOVIMENTOS ECLESIAIS, POSSAMOS CRIAR ESPAÇOS DE COMUNHÃO E CORRESPONSABILIDADE NA EVANGELIZAÇÃO.
MARIA, MÃE DA IGREJA E NOSSA MÃE, FAZEI QUE PERSEVEREMOS NOS CAMINHOS DA FÉ E DA COMUNHÃO ECLESIAL, SENDO DISCIPULOS MISSIONÁRIOS DE JESUS CRISTO. AMÉM