Diocese
Vida Consagrada
Sociedade do Apostolado Católico, SAC
Nosso contexto histórico de hoje vai de 1795 a 1850. Desde o final do século XVIII surgiu o Iluminismo na França. Foi a "Época das Luzes". Discutia-se a Libertada de do Progresso e da Humanidade. Na França, em nome da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, o povo, liderado pela burguesia, desencadeou a Revolução que se propôs a romper com o passado. A Bastilha, símbolo da opressão do antigo regime, foi tomada e arrasada. As forças revolucionárias proletárias deixaram de empunhar a bandeira tricolor e passaram a levantar a bandeira vermelha do Socialismo e a bandeira negra do Anarquismo. A miséria operária fez surgir um Socialismo utópico, prevendo um futuro próximo com saúde, riqueza e felicidade para todos.
Podemos nos lembrar de Montesquieu, quando disse: "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de tal maneira que o poder seja contido pelo poder."
Mas se o mundo apresenta pessoas que agem dessa forma prevista por Montesquieu e outros pensadores, ele oferece também pessoas tomadas pelas verdades evangélicas de amor ao próximo, sem nenhuma ambição de poder e riqueza.
Nesse mesmo século de florescimento de idéias e ideais, nasceu e viveu o santo que homenageamos hoje, São Vicente Pallotti. Ele veio mostrar que são eternas as verdades anunciadas por Jesus no alto de uma montanha palestina, e que hoje conhecemos como o "Sermão das Bem-Aventuranças".
O SANTO
Vicente Pallotti nasceu em Roma, em 21 de abril de 1795, numa família de classe média. Herdou a sensibilidade de sua mãe, que se refletia na generosidade com os pobres.
Desde menino Vicente se mostrou estudante dedicado e orante fervoroso, com uma devoção especial ao Espírito Santo. Foram diversas às vezes em que voltou para casa sem o casaco ou os sapatos, por doá-los a algum necessitado que encontrara pela frente.
Pallotti era admirador de Francisco de Assis, e pensou em ser capuchinho, o que não foi possível porque sua saúde fraca não permitiu. Mas, sentindo no coração o chamado para a vocação religiosa, em 1818 se consagrou sacerdote pela diocese de Roma. Muito culto, obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.
Mas sua santidade se manifestou fortemente em sua atuação em obras sociais e religiosas. Mantendo a espiritualidade que se manifestara desde pequeno, via na atividade apostólica a missão de todas as pessoas. Certamente por inspiração do Espírito Santo, a quem tanto se dirigia, Vicente Pallotti se destacou pela visão do apostolado leigo, importância que veio a ser reconhecida pelo Concilio Vaticano II, portanto cento e trinta anos após a morte do santo.
Para Vicente, todo cristão leigo, recebia no sacramento do batismo a missão evangelizadora, exatamente como hoje é reconhecido pela Igreja. Vicente já dizia que toda pessoa, e não somente as que abraçavam a vocação religiosa, tinha dons especiais para desempenhar missões apostólicas. Essa visão do apostolado leigo se tornou marca registrada de Vicente Pallotti, porque ele a colocou em prática. Ele viu na educação um meio de auxiliar as pessoas a desenvolverem suas potencialidades. Fundou escolas que permitiram às pessoas aprenderem sobre agricultura. Instituiu aulas noturnas para os operários, possibilitando estudos para carpinteiros, cordoeiros e alfaiates.
Promoveu a ação de Católicos leigos, o que acabou frutificando no movimento da Ação Católica. São Vicente fez tudo, contando com a proteção da Imaculada Mãe de Deus, Rainha dos Apóstolos, de quem era também grande devoto. Ele fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade, a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas. Em 1837 trabalhou ativamente no combate à epidemia de cólera que quase dizimou a população de Roma.
No dia 13 de janeiro de 1850, Vicente Pallotti, após uma celebração, saiu para a rua. Fazia frio e chovia muito. Compadecido de um pobre, tirou a capa e entregou para ele se cobrir. Esse gesto de generosidade, fruto do amor que tanto pregava, o deixou desprotegido para suportar o inverno europeu. Apanhou uma constipação, que degenerou para uma grave infecção na pleura, levando-o à morte. Vendo-o no sofrimento da morte, o Padre Vaccari suplicou-lhe:” Padre, reze a Deus para que o cure”. Mas ele respondeu:” Por favor, deixe-me ir para onde Deus quer”.
Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade. Assim, não pôde ver suas duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvera as Regras pedindo algumas modificações. Contudo, seus seguidores levaram adiante suas idéias e, em 1904, as duas obras foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando ainda o pedido de sua canonização.
O papa Pio XI o beatificou, reconhecendo sua atuação de inspirado e "verdadeiro operário das missões". Em 1963, também reconhecendo o valor de suas idéias, de seu carismo e de suas obras, o papa João XXIII proclamou Vicente Pallotti como Santo. João XXIII ainda o nomeou patrono do Concílio Vaticano II. É, pois, Vicente Pallotti, fundador da Sociedade do Apostolado Católico, que inclui Padres, Irmãos e Irmãs, conhecidos como Palotinos e Palotinas.
ILUMINAÇÃO BÍBLICA EM NOSSA VIDA
Vicente Pallotti dedicou sua vida pela causa do próximo. Ele praticou os ensinamentos de Jesus e trabalhou arduamente para que as pessoas conhecessem e praticassem tais ensinamentos. Ele nos faz lembrar da cena registrada em Marcos 10, 42-44: "Jesus, porém, chamou os doze e disse: “Sabeis que os que parecem governar as nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Entre vós, porém, não deve ser assim. Ao contrário, quem de vós quiser ser grande, seja vosso servidor; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos."
Vicente Pallotti é exemplo especial dessa prática. Ele lutou para que cada pessoa se empenhasse com vigor no trabalho de evangelização. Toda atividade humana, trabalho, lazer, oração, tudo precisa estar orientado pelo serviço, pelo servir ao próximo.
Deixemos de lado nossa visão limitada e egoísta e vejamos o mundo com os olhos de São Vicente Palloti, " "o verdadeiro operário das missões", como bem o definiu o papa Pio XI, em sua beatificação.
Podemos nos lembrar de Montesquieu, quando disse: "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de tal maneira que o poder seja contido pelo poder."
Mas se o mundo apresenta pessoas que agem dessa forma prevista por Montesquieu e outros pensadores, ele oferece também pessoas tomadas pelas verdades evangélicas de amor ao próximo, sem nenhuma ambição de poder e riqueza.
Nesse mesmo século de florescimento de idéias e ideais, nasceu e viveu o santo que homenageamos hoje, São Vicente Pallotti. Ele veio mostrar que são eternas as verdades anunciadas por Jesus no alto de uma montanha palestina, e que hoje conhecemos como o "Sermão das Bem-Aventuranças".
O SANTO
Vicente Pallotti nasceu em Roma, em 21 de abril de 1795, numa família de classe média. Herdou a sensibilidade de sua mãe, que se refletia na generosidade com os pobres.
Desde menino Vicente se mostrou estudante dedicado e orante fervoroso, com uma devoção especial ao Espírito Santo. Foram diversas às vezes em que voltou para casa sem o casaco ou os sapatos, por doá-los a algum necessitado que encontrara pela frente.
Pallotti era admirador de Francisco de Assis, e pensou em ser capuchinho, o que não foi possível porque sua saúde fraca não permitiu. Mas, sentindo no coração o chamado para a vocação religiosa, em 1818 se consagrou sacerdote pela diocese de Roma. Muito culto, obteve o doutorado em Filosofia e Teologia.
Mas sua santidade se manifestou fortemente em sua atuação em obras sociais e religiosas. Mantendo a espiritualidade que se manifestara desde pequeno, via na atividade apostólica a missão de todas as pessoas. Certamente por inspiração do Espírito Santo, a quem tanto se dirigia, Vicente Pallotti se destacou pela visão do apostolado leigo, importância que veio a ser reconhecida pelo Concilio Vaticano II, portanto cento e trinta anos após a morte do santo.
Para Vicente, todo cristão leigo, recebia no sacramento do batismo a missão evangelizadora, exatamente como hoje é reconhecido pela Igreja. Vicente já dizia que toda pessoa, e não somente as que abraçavam a vocação religiosa, tinha dons especiais para desempenhar missões apostólicas. Essa visão do apostolado leigo se tornou marca registrada de Vicente Pallotti, porque ele a colocou em prática. Ele viu na educação um meio de auxiliar as pessoas a desenvolverem suas potencialidades. Fundou escolas que permitiram às pessoas aprenderem sobre agricultura. Instituiu aulas noturnas para os operários, possibilitando estudos para carpinteiros, cordoeiros e alfaiates.
Promoveu a ação de Católicos leigos, o que acabou frutificando no movimento da Ação Católica. São Vicente fez tudo, contando com a proteção da Imaculada Mãe de Deus, Rainha dos Apóstolos, de quem era também grande devoto. Ele fundou, em 1835, a Obra do Apostolado Católico, que envolvia e preparava os leigos para promoverem as suas associações evangelizadoras e de caridade, orientados pelos religiosos das duas Congregações criadas por ele para esta finalidade, a dos Padres Palotinos e das Irmãs Palotinas. Em 1837 trabalhou ativamente no combate à epidemia de cólera que quase dizimou a população de Roma.
No dia 13 de janeiro de 1850, Vicente Pallotti, após uma celebração, saiu para a rua. Fazia frio e chovia muito. Compadecido de um pobre, tirou a capa e entregou para ele se cobrir. Esse gesto de generosidade, fruto do amor que tanto pregava, o deixou desprotegido para suportar o inverno europeu. Apanhou uma constipação, que degenerou para uma grave infecção na pleura, levando-o à morte. Vendo-o no sofrimento da morte, o Padre Vaccari suplicou-lhe:” Padre, reze a Deus para que o cure”. Mas ele respondeu:” Por favor, deixe-me ir para onde Deus quer”.
Vicente Pallotti morreu em Roma, no dia 22 de janeiro 1850, aos cinqüenta e cinco anos de idade. Assim, não pôde ver suas duas famílias religiosas serem aprovadas pelo Vaticano, que devolvera as Regras pedindo algumas modificações. Contudo, seus seguidores levaram adiante suas idéias e, em 1904, as duas obras foram reconhecidas pela Santa Sé, motivando ainda o pedido de sua canonização.
O papa Pio XI o beatificou, reconhecendo sua atuação de inspirado e "verdadeiro operário das missões". Em 1963, também reconhecendo o valor de suas idéias, de seu carismo e de suas obras, o papa João XXIII proclamou Vicente Pallotti como Santo. João XXIII ainda o nomeou patrono do Concílio Vaticano II. É, pois, Vicente Pallotti, fundador da Sociedade do Apostolado Católico, que inclui Padres, Irmãos e Irmãs, conhecidos como Palotinos e Palotinas.
ILUMINAÇÃO BÍBLICA EM NOSSA VIDA
Vicente Pallotti dedicou sua vida pela causa do próximo. Ele praticou os ensinamentos de Jesus e trabalhou arduamente para que as pessoas conhecessem e praticassem tais ensinamentos. Ele nos faz lembrar da cena registrada em Marcos 10, 42-44: "Jesus, porém, chamou os doze e disse: “Sabeis que os que parecem governar as nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Entre vós, porém, não deve ser assim. Ao contrário, quem de vós quiser ser grande, seja vosso servidor; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos."
Vicente Pallotti é exemplo especial dessa prática. Ele lutou para que cada pessoa se empenhasse com vigor no trabalho de evangelização. Toda atividade humana, trabalho, lazer, oração, tudo precisa estar orientado pelo serviço, pelo servir ao próximo.
Deixemos de lado nossa visão limitada e egoísta e vejamos o mundo com os olhos de São Vicente Palloti, " "o verdadeiro operário das missões", como bem o definiu o papa Pio XI, em sua beatificação.