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Diocese

Vida Consagrada

Congregação das Irmãs do Apostolado Católico Palotinas

A Congregação foi fundada, por São Vicente Pallotti, em Roma, no ano de 1838, na Festa de Pentecostes. Vicente Luiz Francisco Pallotti nasceu em 21 de abril de 1795 em Roma, filho de Pietro Paolo e Maddalena de Rossi. Sua juventude foi sustentada e alimentada pela religiosidade dos pais. Em 16 de maio de 1818 foi ordenado sacerdote. Após sua ordenação, graças ao seu zelo apostólico estabeleceu relações de amizade com eclesiásticos e leigos, ativamente comprometidos em manter viva a fé cristã no povo romano. Sua presença pastoral o estimulava a promover a colaboração entre presbíteros, religiosos e leigos.
Sua intensa dedicação pastoral fez com que ele abraçasse todo o ambiente da vida eclesiástica, pois Roma naquele tempo lhes oferecia vasto campo para um fecundo apostolado. Foi atento a todas as realidades carentes de sua época. Ocupava-se na propagação da boa imprensa, encorajava e incentivava as missões. Com o objetivo de testemunhar a unidade e a universalidade da Igreja celebrava o Oitavário da Epifania.
Todo este apostolado tinha como finalidade “reavivar a fé e reacender a caridade, numa dúplice dimensão, espiritual e temporal”. Um objetivo dominante, um fermento que animava toda a vida e a atividade apostólica de Pallotti era o esforço de progredir continuamente na santidade. Cada momento de sua existência era direcionado à infinita santidade de Deus.
Morreu em Roma no dia 22 de janeiro de 1850, em São Salvador em Onda. Em 22 de janeiro de 1950 o Papa Pio XII o proclamou beato. Em 20 de janeiro de 1963 João XXIII o canonizou e assim falou: “São Vicente Pallotti é uma das figuras mais eminentes das atividades apostólicas no século XIX”... Não se contentou com o ministério ordinário.
Idealizou novos meios para fazer com que Deus seja conhecido e amado” (Atas da Sociedade do Apostolado Católico, 367).
A experiência de Deus Amor e Misericórdia contribuíram para que Pallotti percebesse as necessidades da Igreja de seu tempo e o estimulou a dar uma resposta. Foi capaz de ler a vontade de Deus nos sinais dos tempos. Sua resposta à inspiração de nove de janeiro de 1835 foi a Obra do Apostolado Católico. O Espírito Santo o faz intuir uma obra em que os batizados participassem da missão da Igreja enquanto, juntos visavam à realização de um objetivo comum. Vicente Pallotti expressou sua intuição com essas palavras: “O Apostolado Católico, isto é, universal, como é comum a toda a classe de pessoas, é o fazer quanto cada um pode para a maior glória de Deus, buscando a própria salvação e a do próximo”.
Em maio de 1835 Pallotti lançou o primeiro apelo ao povo de Roma, no qual expôs a ideia e a finalidade da “Pia Associação do Apostolado Católico”, convidando sacerdotes e leigos a participarem, e no dia 11 de julho do mesmo ano obteve a aprovação do Papa Gregório XVI.
Vicente Pallotti buscando dar uma resposta aos sinais dos tempos congregou leigos, sacerdotes, religiosos e religiosas para assistirem as crianças órfãs por causa da epidemia da cólera, sobretudo as meninas. Inicialmente essas eram acolhidas nas casas dos associados. Aos poucos os locais foram se tornando precários, decidiu então buscar um estabelecimento que pudesse acolher todas as jovens e no dia 5 de junho de 1838 foi inaugurada a Pia Casa de Caridade, onde teve origem nossa Congregação, dali foi se desenvolvendo, apesar das dificuldades enfrentadas.
Neste contexto nasceu a Congregação, com a finalidade de “despertar em todos a consciência de serem criados à imagem e semelhança de Deus, reavivando a Fé e reacendendo a Caridade, animando o zelo apostólico, sendo e formando apóstolos na Igreja, a fim de que se realize a unidade de um só rebanho sob um só Pastor”.
Interpelada pelos sinais de seu tempo, a Congregação não se contentou de permanecer na Itália. Em 1889 um grupo de irmãs partiu para os Estados Unidos; em 1933 irmãs italianas e americanas do norte iniciaram a missão na América Latina, numa localidade muito pobre - Dona Francisca – Rio Grande do Sul. Em 1984 foi iniciada nova missão na Ásia – Índia. Em 1998 teve início à missão de Moçambique, continente africano, com irmãs de diversas Províncias da Congregação. Na América Latina as irmãs foram abrindo novas frentes missionárias, ultrapassando as fronteiras do Brasil chegaram à Argentina.
Na Diocese de Toledo as irmãs encontram-se desde 1969. Estabeleceram-se em Palotina com a finalidade de prestar serviços pastorais na Paróquia São Vicente Pallotti, onde já se encontravam os co-irmãos - padres palotinos. Primeiramente colaboraram na coordenação da catequese e liturgia e aos poucos foi se estendendo em nível de diocese. Aproximadamente por vinte anos as irmãs colaboraram nos serviços pastorais na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Terra Roxa.
A Congregação manteve também o conservatório de música: “Santa Cecília”, onde muitos jovens puderam desenvolver suas habilidades musicais, enriquecendo e dinamizando as celebrações litúrgicas. A presença das irmãs fez com que algumas jovens se sentissem atraídas pelo carisma de São Vicente Pallotti. Houve então necessidade de se constituir a casa de formação para acolher as que desejassem fazer um caminho de discernimento, a fim de assumirem a vida consagrada na Congregação.
Juntamente com as jovens, assumiram o projeto “Crescer Feliz” no Bairro São Vicente Pallotti. Além disso, desenvolveram outras atividades sociais que contribuíram para promover a vida e dignidade da pessoa, favorecendo a experiências apostólicas das jovens que se preparam a missão.
Atualmente o objetivo primordial da comunidade é a casa de formação, contudo procura-se sempre colaborar nas pastorais da paróquia, segundo as necessidades da mesma e suas possibilidades. No ano que a Paróquia São Vicente Pallotti celebra seu cinquentenário (2008), com grande alegria, pode-se constatar quanto foi significativa à presença da vida religiosa feminina na caminhada de evangelização.
Dentre os fatos marcantes da instituição destaca-se que no ano de 2008 celebra-se 170 anos de fundação da Congregação e 75 de presença em terras brasileiras e argentinas.
Em espírito de agradecimento a Deus e em sintonia com o Concílio Vaticano II o qual solicitou a volta às fontes originárias dos carismas fundacionais, fez com que a família Palotina redescobriu-se e emitiram-se muitos esforços para reconstituir a “União do Apostolado Católico” fundada em 1835 por São Vicente Pallotti, da qual são membros natos: a Congregação das Irmãs do Apostolado Católico - Palotinas, a Sociedade do Apostolado Católico - padres e irmãos palotinos e a Congregação das Irmãs Missionárias do Apostolado Católico.
O resultado destes esforços foi em parte evidenciado em 28 de outubro de 2003 quando o Pontifício Conselho para os Leigos reconheceu oficialmente a “União do Apostolado Católico” e aprovou “ad experimentum” seu Estatuto Geral. “A União do Apostolado Católico, como dom do Espírito Santo, é uma comunhão de fiéis que segundo o Carisma de São Vicente Pallotti, promove a co-responsabilidade de todos os batizados a reavivar a fé e reacender a caridade na Igreja e no mundo para levar todos à unidade em Cristo” (Estatuto Geral número 1). Ainda: “a União do Apostolado Católico é uma associação pública internacional de direito pontifício constituída de fiéis de cada estado e vocação.
É reconhecida pela Santa Sé e regulamentada segundo as normas do Código de Direito Canônico e os artigos do próprio Estatuto” (Estatuto Geral número 8).
Hoje a União do Apostolado Católico conserva substancialmente a mesma fisionomia sonhada por Vicente Pallotti e continua aberta a todos os membros do povo de Deus. A congregação busca promover esta obra, assumindo a responsabilidade de reavivar a fé e reacender a caridade em todo o mundo, a fim de que o quanto antes haja um só rebanho sob um só Pastor (Jo 10,16).

Congregação das Irmãs do Apostolado Católico - Palotinas
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