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Fé e Vida

“Ó Senhor, vós sois bom e clemente, sois perdão para quem vos invoca” (Sl 85)

As parábolas de Jesus têm a função de chamar atenção, despertar a curiosidade e convidar o ouvinte a refletir sobre o Reino dos Céus e dar uma resposta. Quem não quer aceitar, se nega a compreender. Pode-se perceber a resistência de uns e a indecisão de outros, enquanto que os discípulos são iniciados no mistério de Deus: à medida que compreendem e aceitam, eles entram no Reino de Deus.

O Evangelho deste domingo nos apresenta três parábolas: o joio (erva daninha venenosa) no meio do trigo, o grão de mostarda e o fermento na massa. Percebe-se na apresentação das parábolas e sua explicação a intenção pastoral de exortar, animar, ensinar e fortalecer a fé dos ouvintes. Cada um de nós é convidada a dar uma resposta.

O tempo de Deus é diferente do nosso: Ele é sobretudo paciente e misericordioso, age movido pelo amor, pelo desejo de que todos reconheçam sua presença e transformem o mundo em espaço de vida abundante onde todos tenham vez e lugar.

A parábola do joio e do trigo nos faz pensar na condição humana de santos e pecadores. Existe dentro de nós um paradoxo, bem e mal, sempre em luta constante. São Paulo conseguiu intuir esta verdade dizendo: “Não faço o bem que quero, mas pratico o mal que não quero” (Rm 7,19). Isso vai exigir de nós cuidado e atenção e, sobretudo, misericórdia. Nossa vontade é extirpar o mal definitivamente e de modo radical em nós e nos outros. Não é tão simples assim! Por isso a parábola chama a atenção para agir com o joio (= mal) com paciência e lucidez porque a colheita final pertence a Deus. Da nossa parte cabe atenção, cuidado e um caminho constante de conversão. De outro lado, devemos estar conscientes que somente Deus pode realizar a obra de purificação e Ele a exerce gradualmente, segundo seu modo de agir. Deixemos que Deus conclua sua obra nos tempos e modos que achar oportuno.

As parábolas do grão de mostarda e do fermento chamam a atenção pelo início e resultado final. O grão de mostarda é uma semente muito pequena, que no entanto pode dar origem a um arbusto de razoáveis dimensões; o fermento apresenta um aspecto insignificante, mas tem a capacidade de fermentar uma grande quantidade de massa. Eles apresentam o contraste entre tamanho e eficácia. Este é o Reino de Deus e da Igreja que nasceu: o ponto de partida foi muito pequeno, doze apóstolos, mas se tornou grande e revolucionou o mundo. A Igreja é um espaço de vida e fé onde muitos encontram abrigo e assumem o Reino de Deus e o tornam presente aqui e agora. “Deus não está no êxito, no poder ou na superioridade. Para descobrir sua presença salvadora, devemos estar atentos ao pequeno, ao comum e cotidiano. A vida não é só aquilo que se vê. É muito mais” (José Antônio Pagola).

O Reino de Deus germina e faz crescer as relações humanas e sociais. Somos convidados a colaborar para que o fermento da compaixão, da misericórdia divina levede toda a massa e torne o mundo melhor. A presença do Espírito nos move a agir em favor da vida, fazendo a boa semente produzir frutos em benefício de toda a humanidade.O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza e em Jesus Cristo nos torna pessoas capazes de discernimento, amor e paciência.

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