Fé e Vida
Jesus Cristo é o Rei da justiça, do amor e da paz
Com a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo neste domingo encerramos o Ano Litúrgico e celebramos o Padroeiro de nossa Diocese. O Evangelho de Mateus foi o nosso guia nos mostrando os passos de Jesus. A liturgia que celebramos neste domingo é, em certo sentido, uma recapitulação do convite de Jesus para segui-lo e entrar com ele no Reino de Deus. Nós acreditamos que a história é como um caminhar na direção de nossa realização final e plena. O Ano Litúrgico dá um sentido novo quando nos convida a reviver a cada ano os mistérios da vida de Jesus. A salvação de Jesus é sempre nova e inédita. Por isso, viver o ano com Jesus é sempre uma oportunidade de fazer tudo diferente e com mais profundidade e sentido.
O agradecimento vai para aquele que é o princípio e o fim, o Senhor do tempo e da história, Jesus Cristo Rei do Universo. Foi um ano inteiro para viver como dom e graça. Todos passamos por experiências existenciais marcantes. Vivemos intensamente o Tempo do Advento, Natal, Quaresma, Páscoa, Pentecostes, os domingos do Tempo Comum. Os acontecimentos na vida de Jesus se entrelaçaram com os de nossa vida. Jesus nos iluminou, guiou, corrigiu, purificou e salvou nossas vidas de discípulos missionários.
O Evangelho deste domingo, a parábola do juízo final, nos fornece matéria suficiente para avaliar nossa caminhada. O texto evangélico apresenta o “Filho do Homem” sentado no seu trono separando as pessoas umas das outras “como o pastor separa as ovelhas dos cabritos”. O essencial é a atitude de amor ou de indiferença em relação aos mais pobres, que se encontram em situações dramáticas de necessidade: os que têm fome, sede, os peregrinos, os que não têm o que vestir, os que estão doentes, os que estão na prisão… Jesus se identifica com eles. Manifestar amor e solidariedade ao pobre é fazê-lo ao próprio Jesus e manifestar egoísmo e indiferença para com o pobre é fazê-lo ao próprio Jesus.
O Reino de Deus é construído pelos valores de Deus. Jesus viveu, morreu e ressuscitou causa dele. Os discípulos foram chamados a edificar o mesmo Reino no dia a dia e sinalizar que ele se completa na vida eterna. O Reino de Deus já está no meio de nós; a nossa missão é fazer com que ele seja uma realidade viva e presente no mundo. Depende de nós fazer com que o Reino deixe de ser um sonho e se torne realidade que cresce e transforma o mundo e a vida das pessoas. Jesus é rei porque ele se preocupa com todos, sem distinção. Ele tem um olhar misericordioso com os mais sofredores e excluídos. Para todos Ele tem uma palavra, um gesto de acolhida e lhes propõe uma vida nova.
A Catedral Cristo Rei é para nós sinal de nossa missão como continuadores da obra de Jesus, de seguidores deste Rei-Pastor que protege todas as ovelhas, as alimenta com sua palavra e seu corpo. Se há uma ovelha ferida e doente, dilacerada no espírito pelo pecado, ou somente desanimada, ele está pronto para enfaixar suas feridas, tratá-la com o óleo do perdão e consolação.
Nesta festa do padroeiro de nossa Diocese não nos resta outra coisa senão repetir com alegria, mais uma vez: “O Senhor é o meu pastor, não me falta coisa alguma”! O Rei que seguimos se ofereceu na cruz, vítima pura e pacífica, para redimir toda a humanidade. Por isso o seu Reino é da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz. Amém.