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Fé e Vida

“Este é o meu Filho muito amado, Escutai-o”

Estamos no 2º Domingo da Quaresma e a Liturgia nos propõe a passagem da transfiguração de Jesus através do evangelho de São Marcos (Mc 9,2-10). A comunidade de Jesus passa por um momento difícil: dúvidas, desalento, medo... Por isso Jesus sobe à montanha com três dos seus apóstolos mais próximos e lhes possibilita uma experiência mística: manifesta-se diante deles revelando a sua íntima e profunda união com o Pai que o confirma como Filho e revelador do seu amor.

O texto no revela que em meio às dificuldades surgem momentos especiais, com frequência, inesperados, em que uma luz atravessa nosso coração, nos ajuda a enxergar bem longe e experimentar o amor de Deus.

A transfiguração é um acontecimento vital na vida de Jesus, uma revelação provisória do seu mistério e missão para três testemunhas privilegiadas, uma antecipação da ressurreição. É também uma maneira de sustentar os discípulos para não temer o que está para acontecer: para chegar à Ressurreição será necessário passar pela Cruz. Jesus não está sozinho na sua missão, Ele tem o Pai e o Espírito Santo que o acompanham sempre: “Este é o meu Filho Amado”.

A palavra-chave vem do Pai: “Escutai o que ele diz”. É preciso escutar Jesus, pois sua mensagem revela o mistério de Deus para a humanidade: a salvação. O incômodo de Pedro diante da revelação será superado pela escuta do Filho muito amado de Deus. A resposta de Pedro mostra que ele interpreta esta experiência de modo equivocado. Ele quer reter esta experiência como se o Reino já estivesse realizado (“Façamos três tendas”), ou seja, vamos ficar aqui e abandonar tudo, aqui tudo é bonito! Este é o risco que todos nós corremos diante dos desafios da missão, ele revela uma fé imperfeita e egoísta. Por isso o apelo do Pai: escutar Jesus, segui-lo de perto e participar da construção do Reino de Deus. A transfiguração de Jesus nos ajuda a compreender que aquele que vai sofrer a paixão e ser glorificado é o Filho de Deus que se encarnou para a nossa salvação. O que sustenta nossa vocação cristã, o que sustenta nossa fé é a graça da ressurreição do Senhor. O Senhor, ressuscitado dos mortos, venceu o mal e a morte.

Todos nós desejamos a paz; muitas pessoas a constroem todos os dias com pequenos gestos; muitos sofrem e suportam pacientemente a dificuldade de tantas tentativas para construí-la.

A campanha da fraternidade deste ano nos convoca a viver a prática de Jesus no exercício dos pequenos gestos: a escuta, a saída missionária, o acolhimento, o diálogo, o anúncio da paz e a denúncia da violência na dimensão pessoal e social. A lógica do amor é o único instrumento eficaz diante das ações violentas.

Este é o nosso destino: irradiar a luz resplandecente do Cristo transfigurado, ser estrelas que irradiam sua luz e sua beleza. Por isso nos acompanha a palavra de Jesus: “Convertei-vos e crede na Boa Nova”.

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