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Fé e Vida

“Mestre, onde moras? Vinde e vede”. E permaneceram com Ele

No 2º Domingo do Tempo Comum, através do evangelista João, vamos acompanhar Jesus chamando os primeiros discípulos para segui-lo. É a primeira atividade pública de Jesus.

Tudo começa com o olhar de João Batista, ele vê Jesus passando e diz em alta voz alta: “Eis o Cordeiro de Deus”. A partir daí, dois dos seus discípulos passam a seguir Jesus. A pergunta de Jesus é decisiva: “Que procurais?”. Dali nasce o convite: “Vinde e vede”. Não é somente um convite para aprender com Jesus intelectualmente, mas estar com ele, partilhar de sua vida, conhecer sua missão e tomar parte nela. A relação que se estabelece é mais forte do que mestre e discípulo. Os dois discípulos são convidados a participar da vida de Jesus e conhecer a relação que une Pai e Filho no mesmo projeto de salvação da humanidade.

A comunidade de Jesus nasce deste encontro: eles reconhecem Jesus que passa, procuram nele a verdadeira vida e a verdadeira liberdade, identificam-se com Ele, aceitam segui-lo no seu caminho de amor e de entrega, estão dispostos a uma vida de total comunhão com Ele. Este primeiro passo muda radicalmente a vida destes homens simples, pescadores, que já se encontravam numa atitude de busca e conversão: eles eram discípulos de João Batista.

A história da vocação dos primeiros discípulos revela também a importância da comunidade no discernimento vocacional: um contagia o outro e juntos descobrem o sentido da vida que está no seguimento de Jesus. O texto aponta até a hora do encontro (era por volta das quatro da tarde) para mostrar que é decisivo e pleno.

Os desafios de Deus ecoam, tantas vezes, na nossa vida através dos irmãos que nos rodeiam, das suas indicações, da partilha que eles fazem conosco e que dispõe o nosso coração para reconhecer Jesus e para segui-lo. É na escuta dos nossos irmãos e com os olhos atentos aos acontecimentos que nos cercam que encontramos, tantas vezes, as propostas que o próprio Deus nos apresenta. Isto revela quanto precisamos uns dos outros para reconhecer Jesus que passa e faz um convite. A coragem de responder e segui-lo está em cada um de nós.

O encontro com Jesus é decisivo e pode acontecer a qualquer instante. Depois deste encontro nunca mais seremos os mesmos, sentiremos cada vez o desejo de viver em comunidade, partilhar com os outros o que está acontecendo conosco, a fim de que também eles possam encontrar o verdadeiro sentido para a sua existência. “Encontramos o Messias” deve ser o anúncio jubiloso de quem fez uma verdadeira experiência de vida nova e verdadeira e anseia por levar os irmãos a uma descoberta semelhante. Daí nasce, para alguns, o desejo de viver uma vida exclusiva de dedicação a Deus e aos irmãos como padre, religioso, religiosa. Quem ouvir a voz libertadora de Jesus deve segui-lo, ou correrá o risco de ser infeliz para sempre.

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