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Fé e Vida

O Papa Francisco institui o ministério de catequista

A Catequese está na base da comunidade cristã. Ela deve ser o centro de toda ação evangelizadora da Igreja, Diocese e comunidades paroquiais. Por isso mesmo, o Papa Francisco com seu coração pastoral enviou a toda a Igreja uma Carta Apostólica em forma de Motu Proprio Antiquum ministerium instituindo formalmente o ministério do catequista. Desta forma, o Papa coloca em evidência a dimensão evangelizadora dos leigos e leigas desejada pelo Concílio Vaticano II. Disse o Papa: “Em um contexto de indiferença religiosa o testemunho de fé de tantas mulheres e homens que se dedicam à catequese é um primeiro anúncio que atinge o coração e a mente de tantas pessoas que desejam encontrar Cristo”.

Com a expressão “motu proprio” (literalmente de própria iniciativa) compreende-se que se trata de uma decisão pessoal do Papa que brota de sua mente e coração de pastor. “Grande Papa! Ele sentia o drama, ele ouvia tanta gente pedindo, como aquele macedônio que de longe, por cima do Mar Egeu, da Europa para a Ásia, gritava para Paulo: ‘Vem nos ajudar’! O Papa sente Jesus falando aos discípulos e discípulas, na hora da despedida, lá sobre um monte na Galileia: ‘Ide por toda a terra! Ensinai! Ensinai a todos tudo que vos ensinei! Tornai-os discípulos!’” (Pe. Benno Brod, sj).

Antiquum ministerium” (ministério antigo) trata-se de algo muito antigo. Os catequistas sempre existiram desde o início da Igreja e foi graças a eles que as comunidades cristãs se desenvolveram e cresceram.

“É possível reconhecer, dentro da grande tradição carismática do Novo Testamento, a presença concreta de batizados que exerceram o ministério de transmitir, de forma mais orgânica, permanente e associada com as várias circunstâncias da vida, o ensinamento dos apóstolos e dos evangelistas. A Igreja quis reconhecer este serviço como expressão concreta do carisma pessoal, que tanto favoreceu o exercício da sua missão evangelizadora. Olhar para a vida das primeiras comunidades cristãs, que se empenharam na difusão e progresso do Evangelho, estimula também hoje a Igreja a perceber quais possam ser as novas expressões para continuarmos a permanecer fiéis à Palavra do Senhor, a fim de fazer chegar o seu Evangelho a toda a criatura” (Papa Francisco).

A decisão do Papa Francisco ao instituir o ministério do catequista coroa o percurso da Igreja desde o Concílio Vaticano II através de um rico ensinamento dos Sumos Pontífices, do Sínodo dos Bispos, das Conferências Episcopais e dos vários Pastores, que, no decorrer destas décadas, imprimiram uma notável renovação à catequese. O Catecismo da Igreja Católica, a Exortação apostólica Catechesi tradendae, o Diretório Geral da Catequese, juntamente com inúmeros catecismos nacionais, regionais e diocesanos são expressão do valor central da obra catequística, que coloca em primeiro plano a instrução e a formação permanente dos fiéis.

Na Igreja existem vários ministérios instituídos que são confiados a pessoas que receberam o batismo e a crisma, através de um ato litúrgico pelo bispo, depois de um caminho de preparação, ao serviço das comunidades eclesiais.

“Neste sentido, a catequese seja por todos incentivada e reconhecida como um serviço de especificidade própria, entre os demais serviços pastorais. Que na transmissão da fé em diversas etapas, desde o anúncio querigmático à instrução iluminadora, esse precioso ministério, exercido por testemunhas de fé profunda, por “testemunhas de santidade” (como escreve o Papa), por mestres com maturidade humana, por acompanhantes fraternos, de participação ativa na comunidade, seja reconhecido como um serviço eclesial estável. Tudo é graça. Tudo é dom do Espírito Santo. A gente sente a vibração com que o Papa escreve, parecendo ter diante dos olhos, num quadro vivo, o que ele chama de “exército de catequistas”, “multidão incalculável de leigos e leigas”, ordens religiosas, “longa série” de testemunhas do Evangelho através dos séculos da história da Igreja” (Pe. Benno Brod, sj).

Agora cabe às conferências episcopais de cada país elaborar e determinar como será feito o caminho de preparação para os catequistas receberem o mandato como ministros e ministras da catequese.

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