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Fé e Vida

Jesus nos pede autenticidade e responsabilidade

O Evangelho deste domingo é um convite à maturidade moral que implica em duas coisas. Em primeiro lugar, conduzir nossas vidas através de um amor sincero e coerente, nossa fé é refletida em nossas atitudes Em segundo lugar, aceitar nossas limitações: para isso precisamos de Deus e das pessoas que nos cercam.

O trecho do Evangelho deste domingo (Mt 5,17-37) é conhecido pelas antíteses que apresenta porque começam sempre com a expressão: “eu, porém, vos digo”. Nestas discussões entre Jesus e os mestres da lei do seu tempo, Jesus aparece como o último revelador da vontade do Pai e apresenta uma nova forma de vida como uma espécie de superação da antiga. Aqui aparecem problemas vitais para a vida dos discípulos. Em síntese, o tema contundente é a afirmação de que a justiça cristã deve superar a dos escribas e fariseus para entrar no reino dos céus. Não basta somente cumprir a lei; seu cumprimento deve brotar de uma profunda convicção.

Jesus coloca diante de nós não somente um mundo melhor, mas um mundo novo. Não pede somente para sermos justos, mas que a conversão aconteça de fato. Para que o bem seja verdadeiro não basta evitar que não exista mal no mundo, mas que ele seja eliminado de nossos corações. É um ideal exigente. Por isso é novidade para os discípulos e Jesus o denomina Reino dos Céus, que não se alcança somente com o cumprimento dos mandamentos, mas sobretudo deixando que Deus nos guie e nos conduza a uma vida nova.

Jesus veio para revelar à humanidade a última vontade de Deus. Deus já tinha revelado a sua vontade por meio da lei que contém os termos essenciais da aliança do Sinai (quando entregou a Moisés os dez mandamentos). O núcleo da lei são os termos da aliança. Os profetas foram responsáveis por interpretar a lei e a aliança nos diversos momentos históricos em que viveram. Jesus vem para realizar uma nova aliança (“Eu vos dou um novo mandamento”), uma nova maneira de conhecer o Pai e seu projeto e libertar-nos de qualquer empecilho que dificulte este encontro. O próprio Jesus, em consonância com a missão recebida do Pai, cumprirá a lei através da encarnação, morte e ressurreição. Seu comportamento e suas palavras se encaixam perfeitamente na vontade de seu Pai. Ele revela a todos o verdadeiro sentido da lei: ser obediente à vontade do Pai e viver em total liberdade.Para Mateus, Jesus é o profeta definitivo enviado a este mundo na amorosa obediência ao Pai e na plena liberdade (“Ninguém me tira a vida, eu a dou livremente”). Por isso o desafio para todos nós, discípulos missionários, é seguir os mandamentos de Deus da forma como Jesus nos propõe: viver o amor, o perdão e a reconciliação, a misericórdia, a unidade e o acolhimento, que incluem e colocam todos na comunhão com Deus.

“Pai, a exemplo do teu Filho, permita-me estar em estreita comunhão contigo, de modo a conhecer, em cada circunstância, tua vontade a meu respeito” (Pe. Jaldemir Vitório).

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